Toda família tem seus defeitos e segredos que permanecem escondidos dentro de casa, e isso também se aplicam a franquias, como é o caso de Os Simpsons e a “família” que fica nos bastidores, responsável pela criação da série. Encontramos 8 destes segredos, alguns deles tão reveladores que vão te fazer mudar seu conceito sobre a série. Acredite, você vai se surpreender. Confira!
1. O episódio piloto foi um completo desastre
O real primeiro episódio de Os Simpsons não chegou a ir ao ar. Era terrível, mal desenhado (lembrava muito Os Anjinhos) e ainda não tinha os dubladores originais que conhecemos. A animação que vemos no vídeo acima passou por uma avaliação antes de ir ao ar, e foi assistida por James L. Brooks. Após assistir o episódio ele comentou “Isto é uma m*.” Muitos se levantaram e saíram da mesa nesta ocasião, mas Brooks permaneceu na sala para conversar com Gasbor Csupo, co-foundador do estúdio de animação Klasky-Csupo, que insistiu que o problema estava na história, e não na animação. Eles resolveram recriar os personagens e então o especial de natal, “Simpsons Roasting on an Open Fire,” foi aprovado e exibido na TV pela primeira vez no dia 17 de Dezembro de 1989.
2. A famosa palavra “D’oh” de Homer não estava no script
A famosa palavra “D’oh” mencionada por Homer na série, não estava no script. Quem incrementou a palavra na série foi o próprio dublador do personagem da série original americana, Dan Castellaneta, com uma ajudinha do criador Matt Groening. No curta Tracey Ullman, Castellaneta, o dublador, deveria ter feito apenas um grunhido, mas ele pronunciou a palavra “d’oooohh” em homenagem ao gemido exasperado do ator Jim Finlayson. Como o desenho era na verdade um “curta”, Groening pediu para os editores acelerassem a cena. Então, o nosso querido “d’oh” nasceu.
3. O vovô Simpson da série foi coincidentemente batizado pelos escritores com o mesmo nome do avô do criador da série, Matt Groening
Não é nenhum segredo que os nomes dos personagens da série tenham sido inspirados em membros da família do criador, Matt Groening. No momento em que foi apresentar o projeto a James L. Brooks, Groening ainda não sabia qual nome eles teriam, então na pressa ele resolveu batizar os personagens com nomes dos membros de sua família, com exceção de Bart, porque ele não achou uma boa ideia nomear o personagem com seu próprio nome. Ao invés disso, um anagrama da palavra “brat” foi selecionado e então o nome foi escolhido. Outro personagem que até aquele momento também não tinha nome era o pai do Homer. Quando chegou a hora que dar o primeiro nome do vovô Simpson, Groening também não queria usar o nome de seu avô na vida real, então pediu para os escritores Jay Kogen e Wallace Wolodarsky dessem o nome para o vovô. O nome escolhido por eles então foi Abraham, que coincidentemente é o mesmo nome do avô de Groening.
4. Muitos animadores de Os Simpsons trabalham ou já trabalharam nos estúdios Pixar
Entre os vários ‘easter eggs’ que os animadores do estúdio Pixar colocam nos filmes, apareceu o código “A113”. O código é na verdade o número de uma das salas de animação do Instituto de Artes da California. A sala foi compartilhada por mestres da animação como John Lasseter e Brad Bird. Brad Bird, que hoje trabalha nos estúdios Pixar, inseriu este easter egg nos desenhos Os Incríveis e Ratatouille, mas este easter egg é antigo, já tinha aparecido em alguns episódios de Os Simpsons décadas antes, pelo próprio Bird.
David Silverman,o escolhido para dirigir Os Simpsons: O Filme, também foi co-diretor do filme Monstros, SA, da Pixar. Outros animadores que passaram a trabalhar para a Pixar são Jeff Pidgeon — animador em Toy Story bem como o dublador dos Alienígenas verdes — e Jim Reardon, escritor de Wall-E.
5. O ambiente de trabalho dos escritores no estúdio de criação de Os Simpsons é extremamente “chato”
Imagine uma sala cheia de escritores de comédia formados em Harvard, cuidadosamente escolhidos para se sentar em uma sala juntos e escrever para uma das mais famosas séries de comédia de todos os tempos. Deve ser super divertido, certo? Errado. Além de muitos conflitos lá, todos os escritores que são contratados vão para o estúdio para trabalhar, e não para rir. (qualquer semelhança com a realidade da sua empresa é mera coincidência)
A mentalidade do estúdio de criação de Os Simpsons é totalmente diferente da mentalidade dos outros estúdios de animação, como o da Pixar, por exemplo. O tempo dos escritores é gasto na empresa em completo silêncio, trabalhando com o roteiro de cada episódio, para literalmente criarem uma linha de cada vez. Quem comenta isso é Conan O’Brien, que já trabalhou lá. Segundo ele, houve uma situação em que uma equipe de cinema alemã veio documentar o processo de criação dos episódios de Os Simpsons, mas a coisa toda foi tão sem graça pra eles que eles só visitaram a empresa no primeiro dia, e não retornaram nunca mais. No dia em que estiveram lá, eles passaram o dia assistindo aos escritores discutindo em seu escritório por horas para criar uma única linha de reação de Marge em um episódio.