Quando a fabricante de robôs Kuka anunciou que estaria colocando seu robô Agilus em uma disputa contra a estrela de tênis de mesa Timo Boll, no mês passado, esperávamos uma batalha justa. Um condicionado atleta profissional humano contra um implacável braço robótico em um pequeno campo de madeira, ambos empunhando o mesmo armamento: uma raquete de ping-pong. Boll foi classificado como número 1 do mundo, enquanto Kuka alega que seu robô é o mais rápido no mundo.
Antes de criarem o vídeo, a empresa havia criado um outro vídeo revelando como seria esta disputa. O Agilus foi escolhido por seus movimentos velozes, porque segundo eles ele seria capaz de girar e realizar movimentos rápidos capazes de pegar as bolas de Boll de qualquer lugar na mesa. Veja o resultado da batalha no vídeo a seguir:
Aqueles que esperaram uma “batalha titânica” entre um humano e o robô, terão que esperar um pouco mais. O jogo parece ter sido fraudado. Como vimos, Boll parece ter descoberto o ponto fraco do robô e o ataca marcando seguidos pontos usando estes pontos fracos a seu favor. As imagens feitas pelas câmeras revelam uma produção hollywoodiana, onde só o que interessa é mostrado, e fica claro que o vídeo foi editado e muitas cenas foram cortadas.
Respondendo então à pergunta central desta matéria: Quem venceu esta partida de Ping-pong? A resposta é: Ninguém. Não desmerecendo o talento de Boll, longe disto, mas o vídeo deixa transparecer claramente seu objetivo puro e simplesmente comercial. Quem compra os robôs são os humanos, seria tolice então montar um set de filmagem e criar uma produção tal qual esta que foi criada, exibindo uma sessão de “massacre” contra nós pobres humanos de carne e osso. É aquela velha história do pai que deixa o filho ganhar para vê-lo feliz. Os humanos podem sim vencer, mas queremos ver uma batalha justa, do começo ao fim. Quem sabe um dia veremos uma batalha assim, sem cortes, e então poderemos realmente dizer quem é melhor, se somos nós, ou os robôs.