6 Tendências tecnológicas para 2015 que poderão mudar o nosso futuro

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Aqueles que são apaixonados por tecnologia não perdem nenhum lançamento. O problema é que este universo se altera e avança de forma muito veloz. Tanto é que há alguns anos atrás, prever o que aconteceria na próxima década já era difícil, mas atualmente a mesma dificuldade existe em prever o que acontecerá no próximo ano. Contudo, prever tendências a frente não é algo impossível, dá ter uma ideia no que virá por aí se nos basearmos nas tendências atuais. Reunimos em uma lista 6 tendências tecnológicas que poderão estar entre nós, ou que já estão, mas que ganharão muito mais força em 2015. Confira:


1. Inteligência Artificial

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Todos os dados coletados no mundo estão levando a uma revolução na inteligência artificial. A Microsoft, por exemplo, está usando a aprendizagem de máquinas para analisar diálogos e conversas em seu novo Tradutor Instantâneo do Skype. O serviço não só pode executar em tempo real a tradução bidirecional, como também pode até imitar o tom da voz das pessoas, para que a conversa flua da forma mais natural possível. No entanto, esse tipo de inteligência é mais um produto da “força bruta” da computação, não imita exatamente o realismo, ou talvez a criatividade da inteligência humana.

Este ano vimos um programa de computador chamado Eugene Groostman “bater” o teste de Turing. Ou seja, isso significa que agora temos a tecnologia capaz de enganar as pessoas, fazendo-as pensar que estão falando com outras pessoas, quando na verdade estão falando com máquinas. A ideia, no entanto, não é enganar pessoas, mas sim construir pensamentos artificiais semelhantes aos de humanos.

Softwares e hardwares que podem aprender e pensar como nós já estão no horizonte. Em 2015, preste muita atenção ao trabalho de Demis Hassabis. Ele está tentando “redescobrir a inteligência”, e sua empresa, a DeepMind, está trabalhando para a Google para recriar, ou pelo menos imitar a forma de trabalho dos neurônios humanos através de silício e linhas de programação.

Dependendo de quão longe ele chegar, poderemos ver em breve algumas mudanças interessantes em serviços do Google e, mais tarde, softwares e robôs realizarem novas tarefas baseadas no que aprenderam.


2. Robôs entre nós


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Gostaria de poder lhes dizer que os robôs vão finalmente estar entre nós em 2015, mas robôs humanóides parecidos com o C-3PO da série Star Wars ainda estão a décadas de distância. Isso não quer dizer que não vamos ver coisas impressionantes nos anos seguintes. No próximo ano, os robôs se moverão ao nosso lado em linhas de montagem ou em locais onde não podemos chegar.

A maioria dos especialistas em inovações robóticas, como Baxter da Rethink Robot e a empresa “Universal Robots”, se destacam por criar robôs que trabalham com estreita proximidade aos seres humanos, sem prejudicá-los.

“Em 2015, vamos ver isso ter um impacto ainda maior no chão de fábrica”, disse a professora Julie A. Shah, que lidera o Robotics Interactive Group do curso de Ciência da Computação do MIT e o Artificial Intelligence Laboratory. Ela observou que há uma confiança crescente nos robôs em fábricas, e isso os levou a trabalhar em conjunto com os seres humanos. Neste momento, a maioria dos robôs trabalham em ambientes altamente controlados, junto com os seres humanos, mas a uma distância segura.

A Amazon, maior loja virtual do mundo, está na vanguarda desta mudança com a implementação dos braços robóticos fortificados da Robo-Stow, que coletam as coisas nas prateleiras de seu estoque, e os robôs Kiva, que movimentam coisas sobre o chão dos estoques da empresa até entregarem aos responsáveis pela logística.

Shah disse que as fábricas continuarão a procurar robôs mais inteligentes e mais seguros para ajudar no ramo comercial e de fabricação de automóveis. “Muitas fábricas são compostas por pessoas em sua grande maioria, portanto, a preocupação com a interação deles com pessoas é ainda um verdadeiro desafio para a robótica”, disse ela.

Fora da fábrica, robôs pessoais como Jibo e Pepper poderão, finalmente, chegar às casas de consumidores comuns em 2015, mas o seu futuro a longo prazo ainda não está claro.

Assim como na maioria dos anos anteriores, 2015 será preenchido com avanços menores em robôs que se concentram em duas áreas críticas: manipulação e locomoção. Empresas como a iRobot e pesquisadores da DARPA e MIT estão cada vez mais focados em robôs ensinados a como se mover e trabalhar, assim como os seres humanos.

“Em 2015, vamos ver muito mais robôs se movimentando”, disse o professor do MIT Sangbae Kim. Ele deve saber do que está falando, visto que seu robô corredor Cheetah recentemente causou um alvoroço na mídia.

Kim, no entanto, acha que as pessoas podem não ter entendido o objetivo de seu robô. “Não era ‘chegar rápido a algum lugar’. O que está realmente distinguindo nosso robô em relação ao carro sem motorista que a Google desenvolveu é que nosso robô pode chegar lugares que qualquer ser humano pode ir, já os carros, só podem ir onde existem estradas”, disse ele.


3. A Big Data entra em ação

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Suspeito que você já deve ter ouvido falar sobre Big Data. Na realidade, ignorar essa imensa soma de números seria um erro. Primeiramente, temos uma geração que coleta dados a um ritmo insano. Em 2010, o presidente executivo do Google, Eric Schmidt disse que o mundo gera 5 exabytes de dados a cada dois dias. É provável que esse número já tenham dobrado agora.

O problema é que não estamos apenas gerando dados, estamos capturando-os a um ritmo sem precedentes, primeiro através de web sites, e agora com mais freqüência através de aplicativos móveis e sensores que vamos usar com maior regularidade em 2015.

No próximo ano, empresas como a Intel e IBM irão transformar todos esses dados em ferramentas de tomada de decisão poderosas. A IBM, em particular, vai ampliar ainda mais o alcance do supercomputador Watson e introduzir computação cognitiva para toda a indústria que tem dados para compartilhar.

Quanto à Intel, a empresa está trabalhando na construção de hardwares e plataformas necessárias para que as empresas de processamento tragam todas essas informações para dentro deles. Em vez de tomar decisões com base em um amplo entendimento das tendências do mercado e dos interesses dos clientes (e intuição), as empresas em 2015 dependerão cada vez mais de números concretos para impulsionar novos produtos e serviços, números estes que se encontram na Big Data.



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4. Nanotecnologia e ciência dos materiais

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Em 2014 vimos inúmeros avanços da nanotecnologia como “nano-gaiolas” que podem oferecer o medicamento para matar o câncer, por exemplo, a um nível molecular, e metamateriais que podem se deformar para esconder objetos.

Quando a engenheira biomédica Sissel Juul, foi entrevistada no início de 2014 sobre o seu trabalho com nanorrobôs de DNA, ela disse: “Veremos a entrega dos medicamentos a um nível celular em breve, que poderão até mesmo ser comercializados.”

É claro, que o “em breve” dela baseia-se na velocidade de ensaios clínicos e aprovação de órgãos e conselhos internacionais de medicina. Mesmo assim, podemos torcer e esperar por aplicações no mundo real ainda dentro de 2015.

A tecnologia Nano também está impulsionando a ciência dos materiais, de telefones impermeáveis até tecidos inteligentes. Podem significar também o surgimento de alguns novos materiais em 2015. No próximo ano, haverá uma conferência na Coréia dedicada a materiais inteligentes. Esperamos alguns lançamentos interessantes vindos dessa reunião.


5. Adeus aos fios, queremos baterias!

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Para a maioria dos fabricantes de eletroeletrônicos, a solução para os limites da tecnologia das baterias de íons de lítio – aquelas presentes nos smartphones de hoje em dia – é construir baterias maiores. A Intel, Qualcomm, Nvidia, AMD e Texas Instruments estão construindo CPUs móveis cada vez mais eficientes, mas nada parece mudar o fato de que o armazenamento dessas baterias continua a ser limitado.

Vem aí uma nova ciência química que poderia nos levar a grandes avanços neste sentido em 2015. No início deste ano, o Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA informou que seus cientistas estão desenvolvendo baterias com base em um complexo de hidreto metálico e sódio. Isso poderia levar à criação de uma bateria mais barata, mais estável e mais poderosa. A Applied Materials está trabalhando no avanço da tecnologia da bateria de estado sólido, que pode armazenar ainda mais energia do que os íons de lítio tradicionais, com uma metodologia de fabricação muito mais acessível.

É improvável que vejamos produtos reais de bolso usando essa nova tecnologia de baterias logo em 2015, mas ver blocos maiores de carga móveis baseados nessa ciência é uma possibilidade a ser considerada.

Enquanto esperamos por melhores baterias, o carregamento sem fio com certeza virá logo em 2015. Existem duas opções de condutores e indutores disponíveis e muitos aparelhos modernos já saem de fábrica com esta tecnologia de carregamento sem fio embutidas. Além disso, a Intel está desenvolvendo um carregador sem fio baseado em ressonância magnética. Nós só precisamos de mais gadgets sem fio para acelerarem ainda mais este processo, os quais provavelmente vão inundar o mercado em 2015.


6. Telas flexíveis

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Nós estamos finalmente vendo telas curvas em produtos como a HDTV da LG, o relógio Gear Fit da Samsung e até mesmo uma HDTV flexível (que finalmente foi colocado à venda na Coréia em agosto). Mas telas flexíveis finas e menores, parecem ser por enquanto um mero sonho, cenário este que deverá mudar muito em breve.

Há esperanças que 2015 marque o início do mercado de telas flexíveis para o consumidor comum. Um porta-voz da Intel disse que a empresa está trabalhando na escolha de componentes e remoção de fios através do uso de WiFi, além da integração com vidros como o Corning Gorilla, que além de forte é muito flexível.


Essas seis áreas são as que atualmente tem recebido os maiores investimentos em pesquisa por parte de grandes empresas e institutos de pesquisa. Porém, assim como dissemos no início do artigo, é muito difícil prever o que acontecerá no ano seguinte quando o assunto é tecnologia, mas tendência é tendência. Nada nos resta agora além de aguardar os avanços e comodidades que um futuro bem próximo tem reservado para nós.

[Mashable]


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